terça-feira, 10 de agosto de 2010

Cronograma

Final de curso e projeto em mãos.

Com a criação deste blog acrescentamos pesquisas diversas em relação ao Heavy Metal (supostas origens, comportamentos, 'modelitos' e influências) para o grupo. Temos como objetivo procurar entender tal cultura que é acrescida de comentários recheados com símbolos 'satânicos' representantes de um sentimento que respira a liberdade frente à uma sociedade repreensiva. Como esse estilo agressivo se tornou globalizado ao ponto de haver metaleiros muçulmanos? A forma de expressão e interpretação é a mesma para todos? Como se comportam os adeptos do Metal? Qual o significado das letras, roupas e melodias?

Há a necessidade de uma extensa pesquisa em que incluem:
- Entrevistas com personalidades marcantes;
- Shows para observar o comportamento do público;
- Documentários de diversas regiões;
- Analisar sígnos, vestimentas e motivações das bandas;
- Estudar a época de determinado álbum para verificarmos referências e influências.

*Corrijam-me caso cometa algum equívoco.

De acordo com o planejado, pretendemos dar continuidade ao blog com o intúito de desmistificar o Heavy Metal em suas diversas categorias ou enaltecê-lo com sua peculiaridade.
Não há, de fato, um prazo estabelecido para conclusão, uma vez que nos encontramos em constante transição. A intenção é realizarmos uma exposição com o que for discutido e relevante, em que poderá tornar-se um documentário, show, artigo,...

2:34 am
retorno ao post amanhã.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Rock In Rio 1985


Quando vejo meu pai, uma pessoa calma que adora ouvir forró, simplesmente não consigo conceber que essa mesma pessoa, no auge dos seus 15 anos, subiu numa moto com seu primo e foi de São Paulo até o Rio de Janeiro assistir o maior festival de todos os tempos: o Rock In Rio.

O ano foi 1985, o Brasil havia acabado de sair da Ditadura Militar, regime no qual como todos sabem, foi um verdadeiro “caça às bruxas” a todo e qualquer tipo de manifestação que pudesse sugerir alguma forma de crítica ao regime, conseqüentemente, o acesso a informações não era tão fácil. Poucas bandas internacionais se aventuraram em terras tupiniquins.

Mesmo assim, o rock sempre esteve presente, principalmente no começo dos anos 80 quando bandas como Barão Vermelho, Titãs, Legião Urbana e Paralamas do Sucesso deram ao Brasil uma identificação própria ao estilo, o Rock Nacional.

Desde então, ouvir rock já não era coisa apenas da Jovem Guarda, e com o fim oficial do regime militar, o momento não poderia ser melhor para por em prática o Rock In Rio.

Foram longos meses de trabalho, um local foi construído especialmente para abrigar o evento, a Cidade do Rock (Jacarépaguá) contava com 250 mil metros quadrados e com o maior palco do mundo até então: 5 mil metros de área quadrada, além de dois shoppings com 50 lojas para atender mais de 1,3 milhão de pessoas que freqüentariam o evento, o equivalente a cinco Woodstocks.

Comercial do evento:



As atrações:

Bandas Nacionais

Alceu Valença, Barão Vermelho, Blitz, Elba Ramalho, Erasmo Carlos, Gilberto Gil, Ivan Lins, Kid Abelha, Lulu Santos, Moraes Moreira, Ney Matogrosso, Paralamas do Sucesso, Pepeu Gomes e Rita Lee.

Bandas Internacionais

AC-DC, All Jarreau, B’52, George Benson, Go Go’s, Iron Maiden, James Taylor, Nina Hagen, Ozzy Osbourne, Queen, Rod Stewart, Whitesnake, Scorpions e Yes.

Ney Matogrosso e Whitesnake no mesmo dia? Hoje isso pode parecer uma loucura, mas na época era demais para o brasileiro.




Tudo relacionado ao Rock In Rio I gerou uma matemática astronômica. Para nivelar o terreno da Cidade do Rock foram necessários 77 mil caminhões de terra. Durante os dez dias do evento foram consumidos: 1.600.000 Litros de bebidas em 4 milhões de copos. 900.000 Sanduíches. 7.500 Quilos de massa. 500.000 Fatias de pizza. 800 Quilos de gel para cabelo.

O Mc Donald's vendeu – num só dia – 58 mil hambúrgueres e entrou para o Guiness Book of Records. Este ainda é o seu recorde de vendas até hoje.

Na altura do evento foram vendidas 1.900.000 T-shirts do evento em todo o país. Na manhã seguinte ao término do evento cerca de 120 toneladas de lixo ficaram espalhadas pelo chão, a limpeza foi feita por 300 garis.

Será que eu encontro meu pai aí no meio? Acho difícil, mas de uma coisa eu sei: o Rock in Rio 1985 não poderia ter vindo em momento melhor, o jovem brasileiro clamava por isso, a energia acumulada de anos foi finalmente liberada, o Brasil tornou-se um país novo, e o Rock In Rio serviu para ajudar nesse processo.

Para finalizar, deixo com vocês um dos mais emocionantes momentos do festival, que não podia ser de outra banda que não fosse o Queen.




Fontes:

Whiplash, os 20 anos do Rock In Rio I em 26/02/05

http://whiplash.net/materias/especial/000723.html

Manifesto Jeocaz Lee-Menddi, A música brasileira e a censura da ditadura militar

http://jeocaz.wordpress.com/2008/09/03/a-musica-brasileira-e-a-censura-da-ditadura-militar/

Rock In Rio Lisboa 2010

http://rockinrio-lisboa.sapo.pt/pt/organizacao/historico/124

G1

http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL1441728-7085,00-FOI+UMA+MALUQUICE+DIZ+ROBERTO+MEDINA+SOBRE+ROCK+IN+RIO+DE.html